Arquivo da tag: torta

dominando o francês

A culinária francesa é uma maravilha, né? Comidas feitas com técnica e atenção, ingredientes escolhidos a dedo e um nome complicado para acompanhar! Mas tudo isso pode acabar sendo intimidante na hora que a gente quer reproduzir em casa. Todo mundo conhece aquela sensação de olhar aquela maravilha em forma de comida na sua frente, mesmo que seja na tela do computador, e se perguntar – Como é que eu vou fazer um ‘blé blé blé du mon amour’ se eu não consigo nem pronunciar o nome?!

Mas não se preocupe! Hoje vamos ver como muitas vezes é muito mais fácil do que parece, e que quem sabe, falando com biquinho a gente engane no portucês ( sim, eu inventei essa palavra. É amigo do portunhol.) Vamos começar com a Tarte Tatin! Um verdadeiro clássico do mundo da pâtisserie francesa, reconhecida pelas suas maçãs douradas pelo caramelo, sempre arrumadas maravilhosamente. Primeiro segredo, se ela tivesse surgido no Brasil, se chamaria de torta de maçã invertida. Vamos combinar que Tarte Tatin tem muito mais charme, né?

Ingredientes:

Massa – Pâte Sucrée

180 g de farinha de trigo

1 gema

2 colheres de sopa de açúcar

200 g de manteiga sem sal, gelada e cortada em pedacinhos

2 colheres de sopa de água gelada

Bata a farinha e a manteiga gelada na batedeira até a manteiga estar em pedaços menores que uma ervilha. Pode demorar um pouco, mas paciência! E é importante que a manteiga esteja gelada, vc não quer que eles incorporem, só que a farinha cubra me todos os pedacinhos de manteiga! Quando achar que já chegou ao tamanho de ervilhas, coloque todos os líquidos e açúcar e bata até que tudo seja bem incorporado. Faça um disco com a massa, cubra com filme plástico e deixe na geladeira por pelo menos 2 horas. Ou faça a massa no dia antes.

Mas vamos falar a verdade, quem se programa com tanta antecedência assim? Se você, como eu que quando decide que quer fazer alguma, tem que ser na mesma hora, já tiver acordado da sonequinha que teve que tirar pra esperar a massa descansar, é hora de partir pras maçãs!

Ingredientes:

8 maçãs

200g açúcar

100g manteiga em temperatura ambiente, em cubos

1 colher de chá de suco de limão

Água

Comece descascando, cortando ao meio e tirando as sementes. Fatie todas as metades, mas deixe elas “montadas”! Assim:

Isso vai ser importante mais tarde. Mas indo em frente… Pegue sua forma, que precisa ser uma forma de torta. Nada de fundos que saem ou formas de vidro! Coloque nela o açúcar, o suco de limão e água o suficiente para “molhar” tudo. Coloque diretamente em cima da chama do fogão. Sim. Isso mesmo. Mas pegue uma toalha, please. Metal conduz calor, juro.

Resista à tentação de misturar muito e espere. De tempos em tempo se uma sacudidela na forma, e aguarde que vale a pena… Você está esperando por uma linda cor âmbar, ou um pouco mais escuro. Eu gosto do meu caramelo mais pro escuro, dá um sabor mais rico, mais denso. Quando chegar lá, desligue o fogo, jogue a manteiga e misture até tudo incorporado.

Agora é hora de acrescentar as macãs! Coloque elas com a parte reta para cima. Sim, parece estranho mas no final tudo fará sentido. Tenha fé. Lembre de quem elas ainda tem que estar montadinhas e de preferência metades inteiras. Claro que para preencher a forma inteira pode ser que você tenha que separar algumas, mas vale!

Cubra com alumínio e coloque em forno médio. “Mas Marina, você esqueceu da massa!”. Não, pequeno padawan. Tenha paciência.

O tempo de forno é um pouco subjetivo, porque depende da maçã, do forno, da economia… Tá, pode ser que a economia não tenha nada a ver com o assunto! Mas do mesmo jeito é sempre bom ficar do olho. Nas suas maçãs também. Então de tempos e tempos de uma checada com um garfo. Você quer que elas estejam quase moles, mas ainda não completamente. Quando chegar lá, abra sua massa bem fina, corte um círculo do tamanho da forma e coloque por cima das maçãs. Ta-dá! De volta pro forno. Como as maçãs estavam quase lá, é só prestar atenção na massa! Quando ela estiver dourada, é chegada a hora! Tire do forno, e vire num prato. Faça isso logo depois que tirar do forno, para que o caramelo não tenha tempo se solidificar na forma e não na suas lindas maçãs! E lá está ela:

Clássica, deliciosa e fácil de fazer. Oui, mon amour! 


Ah, e seguindo o tema do francês, ontem fiz o primeiro ovo pochet da minha vida! Pode não ser doce, mas gostei tanto que talvez até ensine por aqui!

10 Comentários

Arquivado em aventuras culinárias, Curitiba, doce vida, NYC, receita

Roma, doce Roma

Hoje, quem vai escrever vai ser minha mãe, a Jô. Ela também tem um blog, o Arte Amiga. Ela tem porque me copiou. Sim, essa é a mais pura verdade. Feio, eu sei. Mas eu amo ela mesmo assim. E devo admitir que o blog dela… bom, pode ser que seja mais legal que o meu. Mas, vou deixar vocês serem os juízes. Já falei que vocês estão lindos hoje? Mais magros e interessantes? Bom, só comentando! Mas voltando ao assunto, minha mãe foi viajar por Roma, pra visitar meu irmão que está morando por lá. Eu sei, pobrezinho. Mas agora ela vai contar um pouco das doçuras de Roma!

“Estive em Roma e como mãe de uma doceira, prestei muita atenção aos doces romanos. Na verdade, nem precisa prestar muita atenção, pois a gente tropeça em confeitarias e sorveterias a cada 5 passos. Tudo é apetitoso e delicioso, mas eu tenho a sorte de enjoar fácil de doces, por isso preferi fotografar.

O povo italiano é movido a café. O capuccino é o preferido e qualquer hora é hora. Foi lá que nasceu o café espresso ristreto, fortíssimo. Nas cafeterias que estão a cada esquina, tem uma quantidade industrial de docinhos e cornetos, que estão ali para acompanhar o café. Ou seja, italiano passa o dia tomando café e comendo doce. No intervalo, uma pizza, é claro.

Confeitaria básica no meio do caminho. Irmão da Marina tomando um capuccino.

A confeitaria que achei mais formidável foi a Cristalli di Zucchero. E nessa viagem descobri que tem uma filial bem pertinho de um ponto turístico que muita gente adora visitar, apesar de eu não ver a menor graça nele: a Boca della Veritá. A história é que o povo vai lá para colocar a mão dentro da boca – se falar a verdade, nada acontece, mas se estiver mentindo, a boca decepa a sua mão. Programão, não?

Cristalli di Zucchero.

Sorvete é outra delícia essencialmente italiana. Os sabores são os mais variados, a textura perfeita e eles são totalmente contra usar aquela colher para fazer bolas de sorvete. O negócio é espalmar artesanalmente quantidades generosas sobre o corneto e ainda coroar com uma dose de panna (chantilly quase sem açúcar, só para calibrar calorias). E eles têm um sabor que adoro e que ainda não vi aqui no Brasil: o Fior di Latte.

Nutella é italiana, quem não sabe? Isso significa que crianças italianas têm a mesma relação com a Nutella que nós aqui temos com a margarina ou o requeijão cremoso: servem para passar no pão. Só isso para mim já era meio estranho, mas comemos um sanduiche de Nutella, com óleo de oliva e grãos de sal. Bizarro? Mas delicioso!

Sanduíche de Nutella, óleo de oliva e sal!

Quer ir visitar um amigo? Não apareça sem levar uma torta. A sorte é que em todo canto tem uma geladeira bem recheada como essa para você não aparecer de mãos abanando.

E resolvi testar e mostrar a receita do meu doce italiano preferido, sempre prontinho nas geladeiras das confeitarias, os Profiteroli al Cioccolato.

Se você, como eu, gosta de cozinhar mas acredita que dá para fazer isso de modo prático, compre profiteroles prontos em alguma confeitaria perto da sua casa. São também chamadas de Carolinas, devem ser pequenas e sem recheios. Para essa torta usei apenas 12, mas você vai definir a quantidade de acordo com a “pirâmide” que você quer fazer.

Ingredientes:

12 carolinas pequenas

Profiteroles comprados e vazios.

Cobertura de chocolate:

150 gr. de creme de mesa fresco

10 ml de leite

170 gr. chocolate meio amargo em pedaços

Coloque o creme de leite e o leite em uma panela. Quando estiver perto de começar a ferver, adicione o chocolate, desligue o fogo e mexa até dissolver os pedaços do chocolate e formar uma calda lisa e homogênea. Coloque na geladeira para atingir o ponto ideal. Enquanto isso, bata o chantilly.

Chantilly para o recheio: bater 250 gr. de creme de mesa fresco com 1 colher  de sopa de açúcar e uma colher de chá de açúcar de baunilha. Se quiser um chantilly mais leve, adicione uma clara batida em neve.

Montando a delícia: Faça um furo pequeno com o cabo de uma colher na parte debaixo do profiterole, coloque o chantilly em um saco de confeiteiro.

Furo no fundinho.

Recheando com chantilly.

Recheie os profiteroles e depois mergulhe-os na calda de chocolate. Dá um banho de chocolate, pesca a delícia toda enchocolatada  e vai montando a pirâmide. Pronto e lindo!

Banho de chocolate! Também quero!

Dá nisso…

E se você quiser assistir uma italiana ensinando a fazer esse doce, fique à vontade. Ela é bem mais disposta do que eu, ensina até a fazer a massa dos profiteroles:

Marina, adorei estar aqui! Bjo da Mamma.”

14 Comentários

Arquivado em aventuras culinárias, comendo por aí, dicas, doce universo, doce vida, doceiro convidado, passo a passo, receita, Viagem com Açúcar

Torta vulcânica

Sou muito fã do Chocolatria, e já até tentei fazer o Stick de Fudge-licious dela! Não deu muito certo e eu transformei em um bombom de fudge. O site dela é de babar, e sempre dá vontade de reproduzir todas as receitas! Então, quando eu vi esta torta foi direto pro topo da minha lista de doces novos.

A atração já começou pelo nome: Torta Vulcânica de Chocolate! Depois vi os ingredientes e vi que tinha tudo em casa. Pronto. Isto mais o meu irmão que não parava de reclamar que fazia tempo demais que eu não fazia doce pra ele.

Comecei pela massa, que é feita toda na mão. Fácil de fazer e bem rápida. Um pouco mais difícil de colocar na forma, mas cheguei lá.

massa

Não perfeitamente, mas cheguei! Enquanto a massa ia assando, fui fazer o recheio. Começa batendo açúcar, ovos e mel até eles ficarem bem airados. Isso vai ser fundamental depois.

airado

Assim, quando você colocar a mistura de chocolate, ela ainda vai ficar leve.

bubbles! my bubbles!

Daí já é hora de colocar o recheio na massa. A esta altura você pode estar se perguntando porque esta é uma torta “vulcânica”. Seria pelo modo que o recheio escorre e preenche a massa como lava?

…1…

…2…

…3…

Não, não é por isso. Será pela camada de Ovomaltine que vai por cima, e parece cinzas de vulcão?

ovomaltine

Também não é por isso. Mas tem a ver com o Ovomaltine! Quando a torta sai do forno, ele se torna uma casquinha meio quebrada, meio dura, que fica lembra um vulcão.

vulcãozinho

Eu admito que a da Chocolatria ficou muito mais vulcânica que a minha, mas do mesmo jeito ela fica muito linda.

humm…

E o resultado? O recheio ficou uma delícia, cremoso, não tão doce e dá pra sentir o mel. Sem falar na casquinha que o Ovomaltine forma que é uma das melhores partes. A casca, not so much. Ficou muito massuda e sem graça. O resultado foi um monte de pratinhos onde só sobrou a massa e o recheio foi todo comido!

torta

A solução da próxima vez será fazer o recheio em uma forma refratária e comer de colheradas! Nada mal!

2 Comentários

Arquivado em aventuras culinárias, dicas

Torta de Abóbora

Ontem já mostrei como foi feita a massa da torta. Hoje, vou mostrar a melhor parte: o recheio! A escolhida desta vez foi a abóbora, a famosa pumpkin pie dos Estados Unidos.

Para começar é só pegar uma abóbora, daquelas que eles usam para fazer lanternas no Halloween, e esfaquear, tirar as estranhas e cortar em pedacinhos. Prática extremamente prazerosa… Ou quem sabe eu só esteja assistindo episódios de Dexter demais…

pumpkin

Tendo tirado as entranhas…

sementes

E cortado em pedaços é só colocar no forno por um bom tempo, até que elas estejam bem macias.

indo pro forno.

Enquanto você espera elas ficarem no ponto, pode ir fazendo a “cobertura”. Uma mistura de açucar mascavo, nozes pecans e glicose que vai dar o toque final na torta.

cobertura

Depois de um tempo muito, mas muito mais longo do que eu esperava a abóbora estava macia.

Agora o trabalho é tirar as cascas e transformar tudo isso numa pasta. Nas receitas dizem que você pode fazer isso com garfos, espremedores, etc. Meus queridos, não tenho esta paciência. O que eu tinha de paciência foi gasto esperando que ela ficasse macia. Portanto foi tudo para o liquidificador.

liquidificando

Claro que ser preguiçosa sempre tem seu revés. Neste caso, o recheio que eu insisti em bater no liquidificador ficou líquido demais e eu tive que colocar numa panela e reduzir até ficar mais grossinho. Tenho certeza que tem uma lição de vida nesta história, algo do tipo os atalhos sempre acabam levando pelo caminho mais longo, mas diria que não vem ao caso!

torta

Mas aí está ela, consistência perfeita e já na massa que eu tinha pré-assado. Ela ficou um tempinho assim mesmo no forno.

cobertura

Depois, ainda faltando uns 20 minutos para acabar de assar, tirei a torta e adicionei a cobertura. Assim o açucar mascavo ia conseguir derreter e se mesclar com a abóbora!

Pumpkin Pie

E aí está o resultado final! Fez um grande sucesso com quem comeu. Foi utilizado como suborno para meus avós e sobremesa para o jantar da minha mãe. Aliás, no blog dela tem uma receita deliciosa de Sopa de Abóbora com lascas de Amêndoas. Perfeito para um jantar temático!

4 Comentários

Arquivado em aventuras culinárias

Começando uma torta…

Torta é aquele tipo de doce versátil. Pode ser de frutas, verduras, chocolate, ganache, carne ou o que você tiver disponível. Mas mesmo assim toda torta tem uma base, e esta base é a massa. Hoje em dia, você pode até comprar pronta, mas por que não fazer e garantir aquele gostinho de feito em casa?

Então começamos, com bastante manteiga e farinha.

começando

Essa massa é uma que deixa muitas pessoas tensas, porque é muito fácil de ficar impossível de desenrolar depois. Mas achei na internet uma receita que dizia ser infalível e aqui está o segredo:

água russa

Um poquinho de vodka e a massa ganha uma consistência inacreditável. Depois de bater é só deixar gelar por um tempo na geladeira e tirar para desenrolar.

enfarinhado

Nessa hora é fundamental a farinha. Não adianta nada a vodka se você deixar grudar na mesa. E agora vem a parte divertida!

Depois de desenrolado você, com muito cuidado, coloca em cima da sua forma de torta. Agora é aquela hora que me deixa morrendo de inveja da Branca de Neve, que cantava e assobiava e vinha um bando de passarinhos para terminar a torta, cortando os excessos. Se você é do tipo de pessoa que tem passarinhos treinados, assobie e coloque-os para trabalhar. Já eu tive que pegar a boa e velha faca.

na falta de passarinhos…

Depois é só ir apertando nas bordas com alguns centímetros de distância. Isso serve tanto para grudar nas bordas quanto para, você sabe… ficar bonito!

Massa pronta!

Agora é só fazer o que quiser e completar a torta! Mas lembre, é sempre boa pré-assar a massa por pelo menos 20 minutos antes de colocar o recheio. Assim você garante que ela fique mais sequinha e crocante.

1 comentário

Arquivado em aventuras culinárias

Torta de ganache

Essa é uma torta facílima, que creio que qualquer pessoas que saiba como fazer ganache pode fazer. Mesmo assim ela causou uma certa quantidade de tensão e vocês já vão entender porque.

Minha mãe é o tipo de pessoa que ama receber pessoas em casa, cozinhar, cuidar, etc. Ela tem um grupo de amigas, (um não, vários, ela é muito popular) que se encontra mais ou menos um vez por mês, e há algum tempo o encontro foi na nossa casa. Eu estava querendo experimentar essa receita da Chocolatria já fazia algum tempo, e foi uma ótima ocasião. Sendo assim, fiquei responsável pela sobremesa que seria a Torta de Ganache de Limão e Chocolate.

Primeiro fiz a casquinha. Pequei biscoitos amanteigados e precisava transformá-los em pedacinhos bem pequenos. Bom, nessa hora você pode bater no liquidificador, processador, o que você tiver a mão. Já eu escolho por tudo dentro de um saquinho plástico e mandar vem com o rolo de macarrão. Ótima terapia desestressante  enquanto se cozinha.

terapia

Agora muito menos tensa, foi só misturar com a manteiga e formar a casquinha.

casquinha

Em seguida são dois ganaches, um de chocolate branco com limão e outro de chocolate amargo com rum. Não sou a pessoa mais entendida do mundo quando se trata de bebidas alcoólicas, então aproveitei que meu pai estava em casa e pedi pra ele pegar o rum pra mim. Depois de prometer que eu ia usar só um pouquinho, ele trouxe para a mim o que ele chamou de “O Senhor de todos os Rums”. Com o devido respeito a vossa senhoria, aqui vai a foto:

O Sr. Rum e seus ganaches

Agora é só montar tudo. Intercalar um pouco de cada sabor, ficando assim:

.

Agora vamos ver quem está prestando atenção… Quem tinha reparado que a forma mudou? Alguém? Alguém? Buller? Buller? (Curtindo a Vida Adoidado… se você não tinha entendido.) Sim, mudou. Era forma novinha e foi trocada… er.. por esta. Por que? Posso até tentar dizer que é um forma velha que se faz comida boa, mas era só porque a outra era muito grande.

reparou?

Dando aquele toquezinho marmorizado no final e pronto! Geladeira até a hora de servir!

Agora, você pode estar se perguntando como uma receita desta pode ter causado tensão. Eu explico, a tensão vem da parte da minha mãe, que fica realmente muito preocupada de eu tentar receitas novas em dia que tem visitas! Mas ei! Foi um sucesso!

5 Comentários

Arquivado em aventuras culinárias