A casa dos nossos avós sempre é um lugar especial. É um lugar de família, comidas gostosas, brincadeiras, almoços e muito mais. Pra mim, pelo menos. A minha acho que ainda mais. Minha família, toda quarta-feira, almoça lá. É sagrado, as pessoas mudam compromissos pra poder comparecer. Até na faculdade meus amigos sabiam que quarta-feira não podia, era dia de almoço na Casa da Omi (Vó em alemão). E alguns especiais até foram convidados a comparecer!
A casa deles tem um quintal maravilhoso, que na minha infância tinha parquinho, campinho de futebol e casinha de boneca. Ou seja, o paraíso dos netinhos! Mas os netos foram crescendo, e o quintal amadurecendo. Deixou de ser o lugar de brincadeiras e começou a ser o lugar dos meus avós. Por exemplo, esse é meu avô em seu habitat natural:
Ele é tão natural ali que muitas vezes quando vou dar tchau não consigo achar. Ele tá atrás das plantas das árvores, e se mistura por ali. Mas tem certas coisas no jardim que não se misturam tão bem. Dá uma olhada:
Plantado no meio do jardim, um carro antigo. Lindo, maravilhoso, mega bem conservado. É nele que eu vou chegar no dia que eu casar! Não sei com quem, mas sei com que carro eu vou. E ele tá ali, do lado lindo do jardim que meu vô cuida com tanto carinho.
Hoje o jardim é o playground de dois meninos: o Francisco e o Bonifácio. Mais conhecidos como Chico e Boni. Eles não são umas gracinhas?
E ali, ao lado de tantas flores, mora o Atelier de pintura da minha vó e suas flores pintadas. E os dois se juntam e convivem perfeitamente.
Lá dentro, várias coleções maravilhosas. Meu vô coleciona de tudo, miniaturas, patos, pratos, cinzeiros, isqueiros, e por aí em diante. Minha mãe já até falou disso no blog dela. Mas a que eu mais invejo e admiro é essa:
Viu a quantidade de câmeras? Novas? Velhas? Extremamente velhas? Ahhh… a beleza! E é claro que a companhia de muitos DVDs e livros também ajuda!
Mas outra coisa que faz essa casa ser tão especial hoje em dia, é que minha vó é uma doceira de primeira! E de tempos em tempos a gente se encontra pra ela me ensinar uma receitinha. E essa foi a da vez:
Docinhos de Aveia
É uma receita alemã. Tem um nome alemão. Não queiram saber qual é. Não tenho essa capacidade.
Essa é a receita. Direto do caderno de receita da minha avó (que honra!), e com a letra da minha tia Dóris. Porque a receita é dela! Bom, se preparem. Essa receita é bem difícil. Horas na cozinha. Muito suor e dor nas costas.
Tá bom, estou brincando. É extremamente fácil. Ótimo pra crianças. Ou preguiçosos.
Junte a aveia, com a farinha e o açúcar peneirados.
Junte os outros ingredientes e misture. A massa toda deve ficar úmida.
E pronto! Massa feita! Complicado, não. Agora é só por bolinhas, bem distantes uma das outras numa forma untada. Bem distantes. Tipo, muito mesmo!
Vocês viram o que eu escrevi, né? Vocês repararam que nós não fizemos isso? Bom, 15 minutos de forno depois e eles saíram assim:
Tudo bem, eu gosto desse look rústico!
É o tipo de biscoito que te surpreende, parece simples, mas é uma festa na sua boca.
E pra mim, vai sempre lembrar a casa dos meus avós.