“Essa é uma história de “garoto conhece garota”, mas você deve saber desde já, esta não é uma história de amor.”
É assim que o filme começa, te avisando que, por mais que tenha todos os ingredientes necessários, não vai ser aquela velha historinha de amor. No filme, acompanhamos 500 dias desde que Tom, um romântico inveterado, conhece Summer, que nem sequer acredita em amor.
Em vez de mostrar aquele molde antigo de filmes românticos, onde homem e mulher se apaixonam, algo acontece para impedir, mas no final eles superam os obstáculos, o filme mostra uma paixão mais realista, em que as pessoas não amam na mesma medida e nem sempre a realidade corresponde às expectativas.
O filme é uma delícia de assistir, ainda mais porque é quase impossível não se identificar com um dos personagens! Eu já tive grandes discussões sobre se a Summer fez alguma coisa errada ou simplesmente tudo foi culpa do Tom por não querer ver a realidade. De qualquer jeito é um filme que fala sobre como os sentimentos mudam, as pessoas crescem e às vezes em direções opostas.
Um grande highlight do filme é a trilha sonora, que coincidentemente tocou em looping por alguns meses no meu carro. E um dos meus momentos do filme em que Tom começa espontaneamente a cantar na rua! Quem nunca sonhou que sua vida fosse um musical?
Agora partiremos pra receita! Se pra você parece um pouco estranho a conexão entre o filme e o croissant, eu explico! Essa semana, a página do Confissões de uma Doceira Amadora chegou a 500 likes no Facebook e por isso prometi a receita do croissant! Mas desde lá… bom… Chegamos a 1000. Passamos de 1000. Então este post me parece meio sem propósito… Mas eu sou uma mulher de palavra! Eu prometo, eu cumpro! Olha, já tenho um slogan pronto pras próximas eleições!
Bom, se você também quer entrar nessa festa de ‘curtir’, clique aqui e curta! Eu juro que sou legal!
Croissant
Bom, como você pode imaginar, não é a receita mais fácil do mundo. Ainda mais se você mora em um lugar quente. Não quero estourar a bolha de alegria do pessoal do Nordeste, mas ou você tem uma cozinha climatizada ou vai sofrer com essa… Mas eu moro na sempre cinzenta Curitiba que me permite, então vamos lá! Hoje vamos aprender a fazer a massa, que essencialmente é uma massa folhada e outro dia a finalizar esses bonitos!
Ingredientes:
300 ml de água
350 ml de leite morno
100 g de açúcar
1100 g de farinha de trigo
25 g de sal
15 g fermento fresco
400 g manteiga sem sal
Comece colocando o fermento no leite morno e dando a ele tempo de ser feliz, correr nos prados e fazer amiguinhos. Tá, ele não vai fazer isso, mas ele vai borbulhar felizmente. Não me culpe por tentar dar algum tipo de emoção à vida do pobre fermento…
Enquanto ele está lá, aproveitando a vida, coloque o resto dos ingredientes, menos a manteiga, numa tigela. À esta altura o fermento já viveu tudo que tinha para viver e está na hora de trabalhar! Adicione aos outros ingredientes e bata com o gancho de pão da sua batedeira até ele se transformar numa massa única e desgrudar completamente da tigela. A massa vai sair com uma cara de que ainda não está muito pronta, mas trabalhe com ela um pouco na mesa e isso já resolve! Forme um quadrado com a massa, embrulhe com plástico filme e coloque na geladeira para descansar por no mínimo uma hora.
Depois de uma hora você pode começar na sua manteiga. O que você vai fazer é cortar sua manteiga em fatias de aproximadamente 1 cm e coloca-las lado a lado em um papel manteiga. Então cobrir com outro papel manteiga e, se preparem, dar uma surra nela. Isso mesmo. Pegue seu rolo de macarrão e descarregue as frustrações do dia. Mas tá, não se empolgue muito. Você só quer amaciar e formar uma coisa só de manteiga, não fazer ela desejar voltar pra vaca de onde saiu. Um pouco mais calmo, aproveite e abra também a massa.
Vamos ‘afrancesar’ o negócio agora! A parte da manteiga se chama Beurrage, a da massa Detrempe, e agora que vamos juntar os dois, vamos fazer o Paton. Ai, como somos chiques!
Com a massa aberta, vamos colocar a manteiga em mais ou menos dois terços dela. E fazer nossa primeira dobradura, que é a dobradura da carta. Dobre a parte sem manteiga sobre ela e feche o outro lado por cima.
Agora vamos abrir a massa novamente e fazer a dobradura do livro. Basicamente você vai levar as duas pontas quase ao centro e dobrar novamente, quase como um livro mesmo.
Depois disso, embale em plástico filme novamente, coloque na geladeira por pelo menos uma hora. Isso faz que a manteiga volte a endurecer e fique mais fácil de trabalhar a massa. Depois de uma hora você vai tirar da geladeira e repetir as duas dobraduras, de carta e de livro, e colocar novamente na geladeira. Todas estas dobraduras são só para você garantir várias camadas de manteiga e massa, que eventualmente, quando você assar, vão fazer que parte do líquido da manteiga evapore e você fique com aquela massa linda, airada, macia por dentro e crocante por fora… Oh, oh, água na boca já. E é essa visão que você tem quando olha por dentro, camadas e camadas, e mais camadas.
Para que este não batesse o recorde de maior post da história (pelo menos da minha), vou ensinar como fazer o croissant no próximo post. Mas vejam pelo lado positivo! Enquanto isso vocês já sabem como fazer uma linda massa folhada e eu crio uma aura de mistério e expectativa sobre o próximo post. Um win-win na minha opinião!