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The best way to blog!

Um post rapidinho, só para exprimir minha saudades de blogar de outro jeito. Claro que ter meu computador, com todas as minha fotos e meus programas é uma delícia, mas nada melhor que fazer posts, direto do IPhone, com um suco de laranja e uma vista dessas.

Estou tentado conter as lágrimas…

Espero que estejam gostando dessa passeadinha por terras européias!

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Arquivado em doce vida, Viagem com Açúcar

Cantos e encantos de uma ilha


Leros é uma ilha pequenininha, com uma população menor ainda: só 8 mil habitantes. Deve ser por isso que ela é tão encantadora, em vez de uma ilha turística, como Santorini, você vive a vida grega de verdade, se sente em casa, até reconhecendo as pessoas na rua. Os gatos, as ruazinhas, as senhorinhas sentadas de preto em cadeiras fora de casa… tudo lá. E cada vez você conhece um canto novo, um cantinho diferente… Claro que o “novo” não necessariamente quer dizer que foi feito recentemente, mas na minha opinião é parte do charme. Por exemplo essa casa, meio caindo aos pedaços. Podia ser mais linda se fosse reformada? Acho que não! As rachaduras dão uma sensação de história, de vida. Mesma relação que eu tenho com rugas. Mas né, voltando ao assunto…

Tem lugares que parece até que é deliberado ser tão estragadinho, mas dá um charme….

Tem coisas que, como você faz quase todo dia, parece que você viveu sua vida toda ali, e que é só um dia na rotina. Como comprar frutas no verdureiro perto de casa, o mesmo que me fornecia minhas tão amadas cerejas!

O caminho pra qualquer lugar é sempre lindo. Mesmo tendo que andar kilometros, subindo e descendo ladeiras vale a pena, porque você consegue as vistas mais bonitas do mar, e em cada esquina tem bouganvilles lindas assim:

O grego é uma língua um tanto quanto difícil. Juro que de vez em quando, enquanto escutava pessoas conversarem, eu tinha certeza que eles estavam inventando! Aquilo não podia estar significando palavras! Mas você acostuma e eles ajudam e falam inglês. Mas às vezes nada bem. Que tal essa placa na frente de uma igrejinha? PleaCe? Sério?

Acho que a maioria das pessoas, quando ouve falar na Grécia, imagina praias de areia bem branca. Bom… lamento decepcionar, mas nem sempre é assim. A praia que nós vamos é assim como a foto embaixo mostra, de pedras mesmo. As pessoas mais frágeis (leia frescas), como minha mãe, entram na água de Havainas. O resto, como eu, vai na raça mesmo!

Raça pode ser um exagero. Tem um tapetinho, caso você queira poupar seus pézinhos.

E viram o catamaran na foto em cima? Poético, né? Nem tanto. Tinha dias que a vista da praia era completamente obstruída por barcos!

Não que isso mude alguma coisa, ou atrapalhe. Mas é que atrapalha minha vista! E eu acho demais estar na praia, na Grécia, e enxergar a Turquia! Sim, isso mesmo. Dá até pra ver ela na foto abaixo! Se tiver problemas pra encontrá-la, dou uma dica: ela está sendo indicada por uma flecha vermelha gigante. Tomara que tenha ajudado.

Tá, agora você deve estar pensando no mar. Gente, devo admitir que ele é demais! É transparente como nada mais consegue ser no mundo, por mais que você vá pro fundo você sempre enxerga até o chão. Sempre tem um peixinhos por perto, e alguns que até gostam de mordiscar as pessoas. Safados, eu sei. Mas algumas coisas que as pessoas não sabem. Primeiro, é um gelo! Sério, é mega fria! Mas com o calor que estava, com 35 graus na sombra, é exatamente o que você precisa! Outra coisa, o mar é muito mais salgado do que a gente está acostumado no Brasil. O que quer dizer que você boia muito mais fácil! Então é normal entrar a família toda e ficar conversando lá dentro mesmo, porque você quase não precisa fazer esforço pra não afundar!

Ou você pode entrar sozinho, deitar e tirar uma sonequinha. Super recomendado!

E o que eu falei das vistas? Essa aí embaixo é da janela do meu quarto, quase ao pôr do sol. Lindo, né? Tá vendo aquele telhado redondo, vermelho? É a igreja de Santa Marina. Oi, meu nome é Marina. Coincidência? I don’t think so…

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Arquivado em doce vida, Viagem com Açúcar

Patsavouropita – o doce Leriota!

Já estou de volta em terras barsileiras, mesmo que por pouco tempo! Dia 28 parto pra NY, mas até lá ainda tenho muita coisa para contar da viagem!

Vamos começar contando sobre a maravilhosa, a deliciosa e a tão consumida Patsavouropita!

Como ensinei alguns posts atrás, pita quer dizer torta! Então você deve estar se perguntando, o que será Patsavouro? Será amêndoas? Manteiga? Chocolate? Ou alguma coisa igualmente deliciosa? E a resposta é nada disso, o nome quer dizer pano de chão.

Mas não deixem isso enganar vocês! É uma das coisas mais deliciosas que sua boca pode provar! E além de ser gostosa, ela tem um “que” a mais: ela é um doce Leriota, ou seja, inventado e vendido praticamente só na ilha de Leros! Que exclusivo, né? É comum você ver as pessoas indo embora da ilha carregando uma forma cheia dela.

Ela é feita basicamente de massa filo, yogurt, manteiga e uma calda de açúcar. Parece fácil de reproduzir, mas o problema é a diferença de ingredientes. Massa filo, mesmo se você conseguir achar, não é igual. E nem me façam começar a falar sobre o yogurt! Sério! Qual é o problema do nosso yogurt? Ele devia ter vergonha de se chamar assim! O yogurt grego é rico, macio e incrivelmente cremoso! Muitas vezes era nosso café da manhã E nosso lanche da tarde! Afinal, um pote assim, com mel e salada de frutas… Nada mal, né?

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Pizza Greco-Romana!

Posso estar na Grécia, mas a língua oficial da casa é italiano. Isso porque 80% das pessoas vem direto da Itália. E é claro que isso tem vantagens! Como por exemplo meu Tio Fabrizio, que me traz um pouquinho de Roma e vem dar uma de pizzaiolo pra mim!

Infelizmente não vai ser dessa vez que eu vou conseguir ensinar vocês como se faz, porque não estava presente nas duas primeiras partes da receita. Estava na praia pegando sol. Perdão. Mas sabe como é, estando na Grécia é praticamente minha missão! E quando cheguei em casa, ele já tinha feito a massa e deixado crescer três vezes. Sim, três! O que resulta numa massa linda, super aerada.

E então começa a maravilha de aprender a fazer pizza com um romano, e não um romano qualquer, mas um famoso contador de histórias! Por exemplo, ele me explicou que a massa é temperada com um pouco de menta e de manjericão. Por que? Porque a menta refresca e o manjericão “acaricia” a pizza. Olha que poesia, que paixão! Não é por nada que essa pizza fica uma delícia.

Está na hora de começar a amassar a pizza. Se você estiver acima do Equador como nós, esta parte deve ser feita em sentido anti-horário. Se você estiver no Brasil ou em qualquer outro lugar abaixo do Equador, em sentido horário. Essa não vou conseguir explicar, mas se o segredo de uma pizza tão boa for esse, tá valendo!

Depois de bem amassada, está na hora de “fechar o coração da pizza”. No Brasil a gente chama isso de bolear a massa. Estão vendo a diferença? Cade a poesia, cade a paixão?!

Agora chega a hora mais legal! De preparar os diferentes sabores da pizza. Começamos separando pedaços da massa e abrindo. Agora o abrir tem toda uma história, pois a massa vai lhe dizer em que ritmo que ser aberta, e você não pode forçar! Usando apenas a parte gordinha dos dedos, você vai abrindo delicadamente, sempre respeitando a massa. E só no final se usa o rolo de macarrão.

Uma pizza, dizem os italianos, é uma refeição completa quando feita da maneira certa. Quando se acerta a combinação perfeita de massa/molho de tomate/ queijo, você tem uma refeição balanceada de proteínas e carboidratos. Viu, comendo pizza sem culpa! E essa perfeição é atingida na pizza rossa, que é massa fina, molho de tomate e alguns punhados de mussarela. Essa beleza aí embaixo!

Foram horas e horas comendo pizza, e infelizmente a bateria da máquina acabou sem que eu pudesse registrar todas. Mas deu tempo de eu tirar foto de uma bem romana, pizza de presunto cru e figos. Sim, figos! Eu não curto essa tal dessa fruta, mas é uma favorita da família! E olha que linda!

Ainda por cima tinha esses acompanhamentos:

Melão com presunto cru. Mas gente, olha esse melão! Por favor! Sério, faz os que nós comemos no Brasil parecerem desculpas pálidas de fruta.


E também a bresaola, um tipo de presunto, com uma salada de rúcula, parmesão óleo de oliva e limão. Sim, a gente se cuida.

Foi uma noite de romana na Grécia, e foi uma delícia! Graças ao meu tio Fabrizio, que como falei, é um contador magnífico de histórias, e, é claro, de piadas! Ele tem um site que mostra todos os trabalhos dele aqui, e vale muito a pena ver!

Estamos já nos últimos dois dias de Leros, o que significa que a maioria dos posts sobre a viagem serão feitos do Brasil mesmo. Mas a boa notícia é que mudamos alguns voos e vamos passar o último dia em Roma! Então terão posts de lá, também!

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Arquivado em aulas na cozinha, aventuras culinárias, doce vida, Viagem com Açúcar

Meet Teddy!

A Grécia é a terra dos gatos, e isso é uma certeza! Por aqui, eles têm passe livre. Entram onde querem, ganham comida e água de todos, e ainda por cima sempre estão nos restaurantes tentando uma boquinha. Parece estranho, mas você de acostuma. Até eu, que sou uma apaixonada por cachorros, viro uma gateira. Mas como não, com olhos como esses?

Quando você menos espera, em vez de estranho você começa a achar bonitinho. Por exemplo, você vira e fala – Olha que gracinha esse gato tomando banho do meu lado, enquanto eu almoço! Vou tirar foto!

E como, no resto do mundo, em época de crise dizem que é tempo de vacas magras, aqui podemos dizer que é tempo de gatos magros. Os pobrezinhos não estão parrudos que nem os outros anos, então quando você vê ao seu lado um gatinho te olhando comer, que mia toda vez que você faz contato visual, qual é o resultado? Metade do peixe vai pra ele!

Mas como tudo na vida, sempre temos nossos preferidos. O meu é um que mora no Café del Mar, o restaurante em que a gente geralmente almoça. O nome dele é Panayotis, mas como eu acho que ninguém no mundo merece um nome desses, eu chamo ele de Teddy! E o Teddy passa metade do dia assim, dormindo em algum canto do restaurante.

Isso até o momento que ele decide que ele quer alguma coisa, então ele faz essa cara…

E pronto! Ele ganha o que quer! Geralmente é comida, mas às vezes é só carinho…

Falei que eu viro gateira…

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Arquivado em comendo por aí, doce vida, Viagem com Açúcar

Torre de Babel

Que estou na Grécia, isso todo mundo já sabe. Mas o que vocês não sabem é como é a comunicação por aqui. A confusão começa em casa, onde se fala italiano/grego/português/alemão. Com um pouquinho de cada canto, cada um fala o que sabe e entende o que consegue. É comum ouvir alguém dizendo – Como se fala “x” em “y”? E sempre tem alguém pra dar uma traduzida!

Fora de casa também é confuso. O grego não é fácil não, e eu até agora dominei o por favor, obrigado/ bom dia, boa tarde / quero um suco de laranja. Meu grego chega mais ou menos até aí. Tá bom, tá bom… também sei pedir uma coca. Mas felizmente todos eles, ou a maioria, fala inglês. Mas mesmo assim, às vezes da um desespero quando você chega em algum lugar e o cardápio é assim:

Uia, né!? Mas daí o que os gregos fazem? Nos ajudam e tá-dá! Do outro lado é assim:

E é essa panificadora que nos fornece o café da manhã de cada dia. Passamos lá e voltamos com pães, biscoitos, milopitas (tortas de maçã), tiropitas (tortas de queijo)… Viram? Vocês acabam  de aprender 3 palavras em grego!! Milo = maçã, tiro=queijo, pita=torta!! Sou praticamente uma aula ambulante!

Todas são uma delícia, mas a campeã, pra mim é a tal da Bougatsa, que é uma massa folhada com um recheio de creme… huummm

Mas mesmo assim, o café da manhã preferido pra mim é outro. No caminho da praia tem uma quitanda, e nessa quitanda tem cerejas. Mas não qualquer cereja, mas sim as melhores do mundo! Então compro um pacotão dessas belezuras, e vou caminhando para a praia. E lá fico, deitadinha, comendo minhas frutinhas… Nada mal, né?

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