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tudo se transforma

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Uma das leis de ouro de uma cozinha é que nada se joga fora. Os recortes de carne viram picadinho, os ossos se transforma caldo, as cascas das frutas dão um ótimo suco, e assim por diante… Um dos meus chefs nos EUA já tinha sido mandado embora de uma cozinha porque não raspou direito o bowl de muffins que estava fazendo e foi lavar ainda tendo massa para uns três. Sim, parece bem excessivo e não colabora nem um pouco para a fama dos chefs que eles não batem muito bem… Mas acontece! Então é bom sempre procurar coisas para aproveitar o que seriam os restos na cozinha.

Lembram quando estava ensinando a fazer os croissants que eu falei pra não jogar os retalhos da massa fora? Agora vem o por que! E possivelmente a receita mais fácil do mundo!

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Tá, não se deixe enganar. Para chegar na receita mais fácil do mundo você tem que fazer uma das mais complicadinhas que é a massa do croissant. Claro que você pode roubar e comprar massa folhada pronta e fazer desse jeito. Mas talvez daí eu perca o respeito por você. Mas só talvez. Moving on… Pegue seus retalhos da massa que eu sei que você fez com as próprias mãos. Corte em pedacinhos. São retalhos então nem se empenhe em tentar deixar eles de tamanhos perfeitos, eles não precisam nem merecem.

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Agora que você tem os pedacinhos, coloque numa tigela quantidades iguais de açúcar refinado e açúcar mascavo e cubra as bolinhas com isso. Quanto açúcar vai precisar vai depender muito da quantidade de bolinhas que você tinha, então aplique a técnica milenar do “olhômetro”. Tendo passado elas nos açúcares, coloque em forminhas de cupcakes e forno médio por uns 20 minutos.

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E isso, minha gente, é a magia de um Monkey Bread de Croissant!

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Cinema com Açúcar – 500 dias com ela + Croissants (parte 2)

Este post começou aqui, antes de ver este, passe lá!

Eu sei, eu sei! Demorou muito pra vir a outra parte deste post. Mas não entrem em pânico, não estou entrando em período sabático de novo. Foi só um tempo que eu estava precisando pra preparar algumas novidades muito legais que vão sair do forno muito em breve! Então, se você mora em Curitiba, sorte sua! Se não, eu seriamente pensaria em me mudar pra cá. Tá, ou só vir visitar. Nem todo mundo é drástico como eu…

Mas voltando da tangente, aí vamos aprender a formar nossos lindos croissants!

No post passado, aprendemos a fazer a massa folhada que é a base do croissant. O produto final foi este:

Agora, depois de um período de descanso na geladeira, é hora de abrir esta belezura! Isso vai ajudar a endurecer a manteiga e a não te enlouquecer, sendo que se você tentasse com ela macia ia ser um tal de derretimento para todo os lados.

Abra ela até bem fina, com uma largura de mais ou menos 30 cm, e o comprimento que a massa aceitar. Não precisa dar asas ao seu TOC e pegar a régua, vai numa estimativa mesmo.

Eu sei que não é a coisa mais fácil do mundo, mas tente ao máximo deixar num formato de retângulo. Essa massa é um pouco temperamental e não aceita ser remendada. Chatinha, eu sei. Mas gostosa desse jeito ela pode ser o que quiser.

Depois de aberta, apare os lados pra fazer o retângulo mais perfeito que você conseguir. Não jogue os restinhos fora! Sério, se você jogar fora você vai se arrepender. Eles podem ser aproveitados pra uma delícia que ainda vai aparecer por aqui. Fica a dica.

Lembra quando eu falei que não precisava pegar a régua? Tá, eu menti. Pode ir buscar, eu espero.

Agora que você tem todo o equipamento necessário, comece pela parte de baixo da massa. Faça marquinhas com uma faca a cada 10 cm. Depois, passe para a parte de cima, faça a primeira marcação 5 cm do começo da marca. A partir dessa primeira marca, faça marquinhas a cada 10 cm de novo.

Pegue uma faca bem afiada ou um cortador de pizza e corte de marca a marca. O resultado final vai ser algo assim:

Agora que você tem seus lindos triângulos, é a hora da mágica! Pegue um deles, e faça um corte na sua base. Abra um pouco, e comece a enrolar. Aí vai uma ajudinha visual do que eu estou falando.

Agora vem uma parte mais complicadinha. Coloque as pontas dos dedos nas partes já enroladas. Com um movimento só, vá enrolando o croissant inteiro até as palmas da mão. Isso vai garantir que ele fique apertado.

Gente, já temos croissants! Olha a carinha dele, que lindo! Tá, ele ainda tá mirradinho né? Não se preocupe, esta é a hora de crescer! Coloque todos em uma forma com papel manteiga e deixe para crescer por mais ou menos uma hora.

Quando eles tiverem crescidos, pincele um ovo batido por cima deles. Isso vai ajudar eles a ficarem com um bronzeado de dar inveja!

Agora é só colocar em forno pré aquecido a 200 graus, por aproximadamente 20, ou até eles ficarem bem dourados. Enquanto isso se prepare, pegue uma manteiga e uma faca, porque nada ganha de croissant saindo do forno com uma manteiguinha derretendo em cima…

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Cinema com Açúcar – 500 dias com ela + Croissant (parte 1)

“Essa é uma história de “garoto conhece garota”, mas você deve saber desde já, esta não é uma história de amor.”

É assim que o filme começa, te avisando que, por mais que tenha todos os ingredientes necessários, não vai ser aquela velha historinha de amor. No filme, acompanhamos 500 dias desde que Tom, um romântico inveterado, conhece Summer, que nem sequer acredita em amor.

Em vez de mostrar aquele molde antigo de filmes românticos, onde homem e mulher se apaixonam, algo acontece para impedir, mas no final eles superam os obstáculos, o filme mostra uma paixão mais realista, em que as pessoas não amam na mesma medida e nem sempre a realidade corresponde às expectativas.

O filme é uma delícia de assistir, ainda mais porque é quase impossível não se identificar com um dos personagens! Eu já tive grandes discussões sobre se a Summer fez alguma coisa errada ou simplesmente tudo foi culpa do Tom por não querer ver a realidade. De qualquer jeito é um filme que fala sobre como os sentimentos mudam, as pessoas crescem e às vezes em direções opostas.

Um grande highlight do filme é a trilha sonora, que coincidentemente tocou em looping por alguns meses no meu carro. E um dos meus momentos do filme em que Tom começa espontaneamente a cantar na rua! Quem nunca sonhou que sua vida fosse um musical?

Agora partiremos pra receita! Se pra você parece um pouco estranho a conexão entre o filme e o croissant, eu explico! Essa semana, a página do Confissões de uma Doceira Amadora chegou a 500 likes no Facebook e por isso prometi a receita do croissant! Mas desde lá… bom… Chegamos a 1000. Passamos de 1000. Então este post me parece meio sem propósito… Mas eu sou uma mulher de palavra! Eu prometo, eu cumpro! Olha, já tenho um slogan pronto pras próximas eleições!

Bom, se você também quer entrar nessa festa de ‘curtir’, clique aqui e curta! Eu juro que sou legal!

Croissant

Bom, como você pode imaginar, não é a receita mais fácil do mundo. Ainda mais se você mora em um lugar quente. Não quero estourar a bolha de alegria do pessoal do Nordeste, mas ou você tem uma cozinha climatizada ou vai sofrer com essa… Mas eu moro na sempre cinzenta Curitiba que me permite, então vamos lá! Hoje vamos aprender a fazer a massa, que essencialmente é uma massa folhada  e outro dia a finalizar esses bonitos!

Ingredientes:

300 ml de água

350 ml de leite morno

100 g de açúcar

1100 g de farinha de trigo

25 g de sal

15 g fermento fresco

400 g manteiga sem sal

Comece colocando o fermento no leite morno e dando a ele tempo de ser feliz, correr nos prados e fazer amiguinhos. Tá, ele não vai fazer isso, mas ele vai borbulhar felizmente. Não me culpe por tentar dar algum tipo de emoção à vida do pobre fermento…

Enquanto ele está lá, aproveitando a vida, coloque o resto dos ingredientes, menos a manteiga, numa tigela. À esta altura o fermento já viveu tudo que tinha para viver e está na hora de trabalhar! Adicione aos outros ingredientes e bata com o gancho de pão da sua batedeira até ele se transformar numa massa única e desgrudar completamente da tigela. A massa vai sair com uma cara de que ainda não está muito pronta, mas trabalhe com ela um pouco na mesa e isso já resolve! Forme um quadrado com a massa, embrulhe com plástico filme e coloque na geladeira para descansar por no mínimo uma hora.

Depois de uma hora você pode começar na sua manteiga. O que você vai fazer é cortar sua manteiga em fatias de aproximadamente 1 cm e coloca-las lado a lado em um papel manteiga. Então cobrir com outro papel manteiga e, se preparem, dar uma surra nela. Isso mesmo. Pegue seu rolo de macarrão e descarregue as frustrações do dia. Mas tá, não se empolgue muito. Você só quer amaciar e formar uma coisa só de manteiga, não fazer ela desejar voltar pra vaca de onde saiu. Um pouco mais calmo, aproveite e abra também a massa.

Vamos ‘afrancesar’ o negócio agora! A parte da manteiga se chama Beurrage, a da massa Detrempe, e agora que vamos juntar os dois, vamos fazer o Paton. Ai, como somos chiques!

Com a massa aberta, vamos colocar a manteiga em mais ou menos dois terços dela. E fazer nossa primeira dobradura, que é a dobradura da carta. Dobre a parte sem manteiga sobre ela e feche o outro lado por cima.

Agora vamos abrir a massa novamente e fazer a dobradura do livro. Basicamente você vai levar as duas pontas quase ao centro e dobrar novamente, quase como um livro mesmo.

Depois disso, embale em plástico filme novamente, coloque na geladeira por pelo menos uma hora. Isso faz que a manteiga volte a endurecer e fique mais fácil de trabalhar a massa. Depois de uma hora você vai tirar da geladeira e repetir as duas dobraduras, de carta e de livro, e colocar novamente na geladeira. Todas estas dobraduras são só para você garantir várias camadas de manteiga e massa, que eventualmente, quando você assar, vão fazer que parte do líquido da manteiga evapore e você fique com aquela massa linda, airada, macia por dentro e crocante por fora… Oh, oh, água na boca já. E é essa visão que você tem quando olha por dentro, camadas e camadas, e mais camadas.

Para que este não batesse o recorde de maior post da história (pelo menos da minha), vou ensinar como fazer o croissant no próximo post. Mas vejam pelo lado positivo! Enquanto isso vocês já sabem como fazer uma linda massa folhada e eu crio uma aura de mistério e expectativa sobre o próximo post. Um win-win na minha opinião!

Este post continua aqui! Corre lá ver como fazer o croissant!

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a menina que gritava ‘voltei’!

Lembra daquela história do menino que gritava lobo? Chega um ponto que ninguém acredita mais nele e, em boa forma “conto-de-fadística”, é claro que naquele momento ele encontra um lobo de verdade. Então ele grita “LOBO! LOBO! Loobgjjuh….”, se é que vocês me entendem.

Bom, estou sentindo que já falei “voltei” tantas vezes nesse blog que é capaz de ninguém acreditar quando eu começar a gritar “BOLO! BOLO! BOLO!”! Tá, mentira. Na hora que envolve bolo acho que todo mundo resolve dar o benefício da dúvida…

Mas tá na hora de gritar de novo: VOLTEI! De New York, depois de ter passado o ano mais incrível da minha vida. E mais uma vez, VOLTEI: pro blog! Sério, juro. Desde que cheguei minha família vem colocando meu curso à prova, realizando todos os sonhos gastronômicos que eles possam ter!

Então vem acontecendo coisas por aqui como uma tal torta de chocolate sem farinha que chegou a ser feita três vezes na mesma semana.

Uma sessão francesa, com uma tarte tatin clássica e croissants, que foram cronometrados perfeitamente pra ficarem prontos na hora da chegada da família em casa.

O começo de um estudo de como fazer um simples Cinnamon Roll se transformar numa coisa totalmente diferente!

Muitos desses vão aparecer aqui de novo em breve, mas daí com a receita e como fazer! Sou assim boazinha. Tá, nem tanto. Tem uma dessas receitas entrando para o Hall das Receitas secretas, fazendo companhia para o brownie.

Mas enquanto isso vai a pergunta que faço pra minha família toda semana: o que vocês querem que eu faça?

Você tem algum pedido? Sempre quis fazer “X” e nunca soube como? Deixa que eu “Xiso” pra você e te ensino! Adoro sugestões!

Agora, não pense que é tudo que eu faço é ficar na cozinha. Dá pra fazer um bom tanto disso também:

Ahh, é bom estar em casa!

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